Assista ao curso Cinema Novo e Cinema Marginal

Aula 4 | 23/02 (18h30 – 19h30) | Discussão sobre O bandido da luz vermelha (Rogério Sganzerla, 1968)

Entre os dias 15 e 23 de fevereiro de 2024, a Cinemateca Brasileira organizou o CURSO CINEMA CINEMA NOVO E CINEMA MARGINAL, dentro da mostra de filmes homônima. Com 4 encontros presenciais, as aulas foram ministradas pelo Professor Dr. Eduardo Victorio Morettin, da Escola de Comunicações e Artes da USP.

As aulas abordaram, por meio de filmes da época, diferentes aspectos desses dois movimentos importantes da filmografia brasileira. O Cinema Novo (anos 1960), compromissado a renovar a linguagem cinematográfica brasileira a partir de um realismo crítico, tinha como objetivo, também, ter um impacto político concreto a partir da mobilização das massas. O Cinema Marginal (anos 1960-1970) foi caracterizado por filmes radicais e experimentais, de forma a salientar as incoerências da realidade brasileira a partir de paisagens, personagens e temáticas marginalizadas. O ponto de embate entre os dois movimentos reside no fato de os cineastas “marginais” se desapontarem com o rumo do Cinema Novo, cada vez mais preocupado em atingir um grande público e realizar “espetáculos” cinematográficos, deixando de lado o cinema de autor.

As aulas estão disponíveis no canal da Cinemateca Brasileira no YouTube. Devido a um problema técnico, a primeira aula, sobre DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL (Glauber Rocha, 1964), não está disponível. Porém, pelo formato em que o curso foi desenhado, as aulas não possuem uma continuidade, sendo possível assisti-las de maneira independente sem grandes prejuízos ao aprendizado.

Assista às aulas abaixo:

SOBRE O CURSO

Ementa:
Ministrado pelo Prof. Dr. Eduardo Victorio Morettin, o curso irá se debruçar sobre dois movimentos importantes da filmografia nacional: o Cinema Novo e o Cinema Marginal. O Cinema Novo, compromissado em renovar a linguagem cinematográfica a partir de um realismo crítico, tinha como objetivo, também, ter um impacto político concreto a partir da mobilização das massas. O Cinema Marginal foi caracterizado por filmes radicais e experimentais, de forma a salientar as incoerências da realidade brasileira a partir de paisagens, personagens e temáticas marginalizadas.

Estrutura:
Aula 1 | 15/02 (18h30 – 19h30) | Discussão sobre Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha, 1964)
Aula 2 | 16/02 (18h30 – 19h30) | Discussão sobre Terra em transe (Glauber Rocha, 1967)
Aula 3 | 22/02 (18h30 – 19h30) | Discussão sobre os curtas Maioria absoluta (Leon Hirszman, 1964), A entrevista (Helena Solberg, 1966) e Blablablá (Andrea Tonacci, 1968)
Aula 4 | 23/02 (18h30 – 19h30) | Discussão sobre O bandido da luz vermelha (Rogério Sganzerla, 1968)

Sobre o ministrante:
Eduardo Victorio Morettin tem vasta trajetória na pesquisa das relações entre história e cinema no Brasil. É professor da Escola de Comunicações e Artes da USP e diretor do CINUSP Paulo Emilio. Graduado e licenciado em História, mestre e doutor em Artes, livre-docente em História do Audiovisual Brasileiro, títulos obtidos pela Universidade de São Paulo, além de pós-doutor pela Université Paris I (França). Participou de conselhos editoriais de diversos periódicos e é autor e organizador de inúmeros livros, entre eles “A recepção crítica de Glauber Rocha no exterior (1960 – 2005)”, “O cinema e as ditaduras militares: contextos, memórias e representações audiovisuais” e “História e Cinema: dimensões históricas do audiovisual”. É um dos organizadores do Colóquio Internacional de Cinema e História.

Assista ao Curso Mulheres Pioneiras no Cinema

Entre os dias 6 e 16 de dezembro de 2023, a Cinemateca Brasileira organizou o CURSO MULHERES PIONEIRAS NO CINEMA, dentro da mostra de filmes homônima. Com 4 encontros presenciais e transmissão online pelo YouTube, as aulas foram ministradas pela pesquisadora Marcella Grecco e também contou com uma palestra com Kate Saccone, gerente de projetos do Women Film Pioneers Project.


O programa aborda os trabalhos de pioneiras de diferentes países, incluindo um destaque para a brasileira Cleo de Verberena, sobre a qual Marcella lançou um livro em 2022.


O curso e a mostra MULHERES PIONEIRAS NO CINEMA fazem parte do Projeto Viva Cinemateca, que reúne os grandes projetos da Cinemateca Brasileira voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica. O projeto conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, o patrocínio master da Shell e Itaú como copatrocinador.


As aulas estão disponíveis no canal da Cinemateca Brasileira no YouTube:

SOBRE O CURSO

Ementa:
As mulheres sempre estiveram envolvidas nas mais variadas áreas de cinema. Diretoras, roteiristas, montadoras, produtoras do começo do século passado permaneceram invisíveis por muito tempo. Porém, nos últimos anos, um movimento coletivo de (re)descoberta de mulheres que fizeram história recupera essas personagens, dando sua justa importância.
Nesse processo de resgate da história de mulheres que faziam cinema no seu início, uma pergunta frequente é: como não as conhecíamos?
Por que desconhecíamos até recentemente a história de Alice Guy ou Lois Weber, pioneira estadunidense que apenas em 1916 dirigiu dez longas-metragens e roteirizou nove destes para a Universal? E por que sabemos tão pouco sobre Elvira Notari, primeira e mais produtiva diretora italiana com 60 longas e centenas de curtas entre 1906 e 1930? Quando fazemos estas perguntas fica claro que o esquecimento não está relacionado à quantidade de filmes que fizeram ou à importância que tiveram, e sim ao fato de serem mulheres. Apesar dessa participação múltipla no desenvolvimento do cinema, como linguagem e indústria, suas histórias foram ignoradas ao longo de anos.
O curso apresenta um panorama das pioneiras do cinema de diversos países. Oferecido gratuitamente pela Cinemateca Brasileira, as aulas são ministradas pela pesquisadora e doutora Marcella Grecco, com uma palestra ministrada pela pesquisadora Kate Saccone.

Estrutura:
Aula 1 (06/12): INTRODUÇÃO ÀS PIONEIRAS – elas faziam cinema
Aula 2 (07/12): ALICE GUY E LOIS WEBER – caso francês e estadunidense
Aula 3 (13/12): CLEO DE VERBERENA – pioneira nacional
Aula 4 (16/12): Palestra com Kate Saccone sobre o Women’s Film Pioneers Project

Sobre as ministrantes:
Marcella Grecco é doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela Universidade de São Paulo (ECA/USP) e autora do livro “Cleo de Verberena e O Mysterio do Dominó Preto (1931)”, publicado em 2021 pela Editora Giostri. No ano de 2018 foi contemplada com bolsa de doutorado sanduíche e permaneceu um semestre na Columbia University, em Nova Iorque, quando integrou o Women Film Pioneers Project. Possui mestrado em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), pós-graduação em Jornalismo Cultural pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e graduação em Comunicação Social – habilitação em Midialogia também pela UNICAMP.


Kate Saccone é pesquisadora e curadora, atualmente em Amsterdã. É gerente de projetos e editora do Women Film Pioneer Project da Universidade de Columbia (https://wfpp.columbia.edu/).