Skip to content
Com roteiro e direção de G. Blay, Díptico Mário Peixoto recupera escritos de Mário Peixoto presentes em seu livro “O Inútil de cada um”, obra literária concebida em vários volumes, dos quais somente o primeiro, “Itamar”, foi lançado ao público em 1984.

O filme é dividido em duas partes, adaptações cinematográficas de dois capítulos do livro que formam um verdadeiro díptico, artefato formado por metades unidas, articuladas entre si. O projeto iniciou-se com o média-metragem “Nuanças” (produzido em 2011), sendo concluído dez anos depois com a produção de “Hibernação” (filmado em 2021).

A união dessas obras resulta em um filme de arte, inspirado na produção fílmica e na linguagem do homenageado. Na primeira parte, “Nuanças”, o público é apresentado a Orlando, alter-ego de Mário Peixoto, que vive uma crise poético-existencial ao acordar. No segundo momento, em “Hibernação”, o personagem é o próprio Mário Peixoto em uma aventura de barco até uma ilha próxima onde encontrará mistérios, e, por fim, a si mesmo.

Díptico Mário Peixoto é estrelado por Eliseu Paranhos, Allan Bless, Juliana Fagundes, Ian Blay Dupin e Rafael Raposo, premiado como melhor ator pela FIESP/SESI em 2007 ao interpretar Noel Rosa no longa-metragem Noel – Poeta da Vila.

G. Blay, além de assinar direção e roteiro do filme, também o produziu. O longa é uma expressão da sua paixão pela obra de Mário Peixoto, que também foi objeto de sua pesquisa de mestrado. Sua dissertação “Mário Peixoto, Um Olhar fenomenológico” (2003) é sobre “Limite”, único filme de Mário Peixoto concluído e exibido ao público.

Considerado a primeira expressão do cinema experimental na América Latina, Limite estreou em 1931 no Cinema Capitólio, no Rio de Janeiro e não circulou comercialmente. Porém, o filme tornou-se “um dos mais cultuados da cinematografia brasileira devido ao seu desaparecimento e posterior restauro heroico realizado por Saulo Pereira de Mello”, explica G. Blay, que teve seu primeiro contato com o filme em uma sessão no Cine Bijou no final dos anos 80.

Nesse período, mais precisamente no ano de 1988, a Cinemateca Brasileira consagrou Limite como o melhor filme brasileiro de todos os tempos. O filme também recebeu esse título em 1995 pela Folha de São Paulo; e em 2015, numa votação da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), em que participaram 100 críticos de cinema e jornalistas especializados. Passados mais de 90 anos da primeira exibição de Limite, o evento desta quarta-feira na Cinemateca será uma oportunidade de rever Mário Peixoto e reverenciar sua imensa contribuição tanto poética como imagética através desta obra literária que o filme Díptico Mário Peixoto propõe revelar ao público.

A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos 1 hora antes de cada sessão.

A pré-estreia Díptico Mário Peixoto tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale.

 

PROGRAMAÇÃO:

 

01/03/2023 | 20h00 | Sala Grande Otelo

DÍPTICO MÁRIO PEIXOTO

 

 

Navegação de visuais

Navegação do visual Evento

Hoje
Pular para o conteúdo